O CÉU É O MEU TETO,A TERRA É MINHA PÁTRIA,A LIBERDADE É A MINHA RELIGIÃO!

domingo, 25 de outubro de 2009

CHEGADA....

Foi tão longa a espera!
Mas, finalmente chegaste.
Com o teu olhar de esperança,
como líquida água-marinha
ou esmeralda transparente.
Eu, que dormia calma, despertei
ao ouvir teus passos firmes
nos longos corredores
iguais da minha vida!

Abri as janelas
da alma adormecida
e, me debrucei para te ver chegar.
Escancarei todas as portas!
E estendi meus tapetes coloridos...
Aprontei meus vestidos:
Por ti eu me tornava bela,
princesa recostada nos cetins
de misterioso palácio oriental.
-
Chegaste.
E a minha vida transformou-se, de repente
num caleidoscópio de cristal
onde me desenhaste
outra mulher!

Cezarina Macedo Caruso. In "HARPA DOS VENTOS" - Editora Novitas/2009.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

QUERIA....

QUERIA TE PRENDER A MIM
COM UM ELO MAIS FORTE.
QUERIA TE ENVOLVER
NUMA TRAMA SUTIL
QUE TE ENREDASSE
COMO UMA TEIA...
PARA QUE NUNCA MAIS
FUGISSES.
QUE NÃO FOSSES PRA LONGE
E EU TE PERDESSE.
QUERIA TE AMARRAR
COM FIOS DE SEDA
OU PRATA,
NUMA TRAMA APERTADA...
PARA QUE SENTISSES
O MEU CALOR, O MEU PERFUME,
E A ÂNSIA DO DESEJO
A TE CLAMAR!

Cezarina(Este poema faz parte do meu livro HARPA DOS VENTOS/Editora Novitas-2009. )

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ROSA....

Abre tuas pétalas, ó...Rosa !
Dá-me o suntuoso prazer
da tua beleza!Encanta-me!
E mesmo depois,de feneceres
teu perfume povoará de Sonhos
os meus dias!...Oh,Rosa!

Seja a tua cor ou teu aroma, e
a suave textura das tuas pétalas,
um adorno sem igual no meu jardim!
Mas, ao te tocar sem medo, alguém
arranque teu talo esguio e verde,
que rubro sangue corra entre os espinhos...
Não merece piedade tão rude gesto!

Tuas pétalas róseas o vento, depois
há de espalhar, em rodopios...
E o beija-flor nacarado e a borboleta azul
hão de sentir saudades do teu mel!
Os pássaros ficarão tristonhos,
e as cigarras, que cantavam nos teus ramos,
no fim da tarde morrerão de frio!

Cezarina/2009.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

CANÇÃO NOVA....




Quando pensei

Que a rotina cinzenta

Dos meus dias

Fosse permanecer assim

E,me afogar nesta mesmice nevoenta

De semitons iguais,

Surgiste ,de repente:

Surpresa e êxtase,

Vendaval repentino!

Desarrumando a minha vida

E ,mudando pra sempre

O meu destino!

Tonta e perdida fiquei,

Sem bússola nem rumo

Nesse vasto mar

De novas emoções...

Tiraste tudo do lugar,

Quando chegaste.

E onde havia um tom

De cotidiana calmaria,

Surgiram inquietude

E,encantamento,

Sortilégio e arrepio...

O que era deserto

Brotou fonte,

E um silencioso rio

Vai me arrastando

Em direções que nem suspeito...

Meu louco coração,

Disparando no peito,

Vai marcando

O compasso mágico

De um tempo

Onde ficamos sós!


Cezarina Caruso- poema do livro HARPA DOS VENTOS/Editora Novitas/2009.