O CÉU É O MEU TETO,A TERRA É MINHA PÁTRIA,A LIBERDADE É A MINHA RELIGIÃO!

sábado, 18 de abril de 2015

TRADIÇÕES CIGANAS...OPTCHÁ!



SER CIGANO


O Povo Cigano é um povo sensível que celebra a alegria do dia a dia; vivemos com intensidade, como se o mundo fosse acabar amanhã. Quiçá, demasiado cândidos e ingênuos, tanto que ainda cremos na  palavra dada e não honramos em  virtude de nossas riquezas porém da capacidade moral e ética.Protegemos e acompanhamos  nossos velhos e nossas crianças. Vivemos e compartilhamos coletivamente numa sociedade que estão convertendo em homogênea, individualista e carente de sentimentos.”(Trecho extraído do BAXTALO’S BLOG e traduzido do espanhol ).

(...) Importa não esquecermos os nossos valores, as nossas crenças, o nosso jeito de ser. Porque para sermos ciganos: rons, calons, sinti, etc., precisamos viver a filosofia de vida cigana. São muitos clãs, muitos dialetos, maneiras e costumes peculiares abrigados debaixo de uma mesma bandeira e hino, irmanados por uma tradição e cultura comum a todos. Alguém me disse certa vez que um cigano  sempre reconhece o outro esteja onde estiver,pois a força do sangue nos aproxima como um imã,um magnetismo misterioso. Acredito muito nisso. Acredito no poder do destino que nos une e na força da amizade e da união! 

Trecho extraído de meu artigo na Revista Janellá: HORIZONTES CIGANOS-2011.


HORIZONTES CIGANOS


O sol arranca chispas, faíscas
do cobre à beira das estradas...
O hoje vale mais que tudo!
A alegria e o pão.
A alegria e os abraços: a união.
Nas mãos os gestos e os compassos.
Nos corpos, a dança e o ritmo.
Embrulhada nos panos coloridos, a Dor
de ontem e de amanhã.
Escondido no sorriso de esperança,
o sofrimento de todas as injúrias.
Nas lágrimas que alagam os olhos
a lembrança amarga do Porhajmos...
Na boca o gosto de sangue.
No peito a coragem que não se entrega;
No coração ardente, o Amor.
Nas linhas que sulcam as mãos
a visão de destinos.
A terra desdobrando-se em promessas.
Os caminhos do mundo gritando:
Caminhar!É preciso!
Música e lágrimas, compasso e fogo...
Derramando-se em cristalinos acordes
Pandeiros, canções, violinos.
O rosto pálido da Lua brilhando, no escuro.
Mil estrelas faíscam surpreendidas,
enquanto as estradas, estendidas,
como longos tapetes,
apenas esperam os passos.
Ciganos!
Caminhar!É preciso!

CEZARINA MACEDO. 

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